Mineração Curimbaba destaca importância econômica e desenvolvimento sustentável na região

REDAÇÃO - Com a trajetória de mais 60 anos em Poços de Caldas, a Mineração Curimbaba é a prova que é possível conciliar a mineração com o desenvolvimento sustentável e a diversificação econômica das cidades. A empresa, que tem projetos na região de Manhuaçu, no leste de Minas Gerais, defende o diálogo entre a população, lideranças e as comunidades.

É inegável que as tragédias de Mariana e Brumadinho, que geraram danos muito graves dos pontos de vista ambiental, humano e social, abriram discussões e mudaram o cenário da mineração no país. No entanto, é inaceitável colocar a Mineração Curimbaba no mesmo pacote. Em seu histórico de mais de 60 anos, a empresa busca sempre reduzir os impactos no meio ambiente, assim como criar oportunidades sociais e de desenvolvimento para as comunidades em que atua.

Em Poços de Caldas, no sul do Estado, a Curimbaba ajudou o município a se desenvolver baseado em três pilares: café, turismo e mineração. A cidade tem um dos melhores índices de qualidade de vida de Minas Gerais. O projeto Curimbaba Leste é para ser parceira do desenvolvimento sustentável e não predadora do nosso território.

Na região de Manhuaçu, a Curimbaba não tem projetos de exploração de bauxita em áreas de matas e sim em locais que já foram alterados, como cafezais e plantações de eucalipto. Não há também projeto de construção de barragens.

Em 1940, o empreendedor Benedito Moreira Curimbaba fundou a empresa no município de Poços de Caldas. Em 1961, Benedito associou-se com seu filho Sebastião Curimbaba e fundaram a Mineração Curimbaba.

Atualmente, o Grupo Curimbaba é composto pelas seguintes empresas, Mineração Curimbaba; Mineração Caldense; Elfusa Geral de Electrofusão; Olga S.A Indústria e Comércio; Empresa de Transportes Alcace; Tarumã Agropecuária e Florestal; Brita Caldas; Fazenda Espigão e Yoorin Fertilizantes, no Brasil. Além disso, nos Estados Unidos estão a Sintex Minerals & Services, Inc, Sintex Minerals International, U.S Minerals; Electro Abrasives; e na África do Sul, a Sublime Technologies.

Na década de 80, as exportações da Mineração tornaram-se significativas, proporcionando sua consolidação em nível nacional e internacional, com seus produtos de alta qualidade e tecnologia à base de bauxita.

A Mineração Curimbaba, sempre atenta às questões ambientais e sociais, fundou em 1988, a Tarumã, empresa responsável pelo reflorestamento e recuperação de áreas mineradas. Em 2007, criou a Fundação Curimbaba, organização de cunho cultural e social.

Atualmente, a Mineração Curimbaba e suas associadas no Brasil empregam mais de 2.000 funcionários, gerando pelo menos 5.000 empregos indiretos no país. Sua capacidade produtiva é de 375 mil toneladas ao ano de bauxitas sinterizadas, bauxitas ativadas, argilas refratárias sinterizadas, propantes, atende inúmeros segmentos industriais e comerciais, destacando-se a indústria de óleo e gás, a petroquímica, jateamento de superfícies, fluxo cerâmico para solda elétrica, refratários, abrasivos, tratamento de óleos minerais e biodiesel, microfusão e fundição. A maior parte desse volume é exportada para os Estados Unidos, Europa e América do Sul.

Apesar do seu crescimento, o grupo Curimbaba continua pertencendo à família e manteve sua sede no município de Poços de Caldas.

Poços de Caldas: Uma história de sucesso

Comparar a região de Poços de Caldas com Manhuaçu é essencial nesse momento.

No sul de Minas, a cidade tem 166 mil habitantes. Com relevo ondulado, circundado por serras, o município fica localizado numa depressão de origem vulcânica. A sede municipal acompanha o curso dos ribeirões da Serra e de Caldas.

A história de Poços de Caldas pode ser dividida em seis fases distintas:

A descoberta das águas sulfurosas (até 1820);
A família Junqueira - desenvolvimento da pecuária (1820-1872);
A fundação da cidade (1872-1886);
A estrada de ferro (1886-1905);
A criação da prefeitura - os cassinos e o turismo (1905-1946);
A mineração e as indústrias (1946 em diante).
Bauxita

Dentre as riquezas minerais do município se destacou a bauxita. A nova atividade econômica trouxe grande impulso à cidade, gerando riquezas e desenvolvimento desde o início dos anos setenta até os dias atuais.

No entanto, vale salientar que, embora a cidade apresente hoje características de polo regional de comércio e prestação de serviços, além de parque industrial significativo, tem-se dedicado continuamente ao longo de todos esses anos, à condição de estância hidrotermal e de turismo, pois são várias as opções de lugares para visitar, tanto naturais, com várias cachoeiras e culturais. De acordo com dados do IBGE, Poços de Caldas oferece a seus visitantes, uma rede composta por 68 hotéis e similares.

Todo o progresso do município de Poços de Caldas começou com o aproveitamento econômico dos minérios de seu subsolo, inclusive, das águas termais. Posteriormente, outras industriais se instalaram e, baseado no tripé minério – indústria – turismo, o município atingiu um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM de 0,779. É o sexto melhor do estado de Minas Gerais.

A comparação é evidente. A cafeicultura, a agricultura familiar, o turismo e a mineração podem andar juntos, a exemplo do sul de Minas Gerais. O ponto essencial é que o projeto da Curimbaba Leste quer promover desenvolvimento aliado a sustentabilidade. Todas as atividades são fiscalizadas e controladas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e pela Superintendência Regional de Meio Ambiente – Supram Zona da Mata.

De acordo com o artigo “O paradoxo PIB-IDH no município de Manhuaçu: um estudo sobre crescimento econômico e desenvolvimento humano no âmbito microrregional”, publicado em 2019, pelos pesquisadores Matheus de Souza Dimas, Giselly Nunes de Oliveira Franco e Maria Geralda de Miranda, no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Local, o município de Manhuaçu (MG) ficou em 55º lugar no ranking de municípios de Minas Gerais com participação no Produto Interno Bruto (PIB). Porém, quando comparado o PIB per capita no ranking estadual, o município cai para a 156ª posição.

Além disso, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2010), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2010 de Manhuaçu foi de 0,689 o que corresponde à 292ª posição no ranking estadual. Dentro de sua microrregião, o município é considerado um polo econômico, com uma população quase 2 vezes maior que o segundo maior município, e um PIB quase 5 vezes maior que o do segundo município no ranking.

No entanto, Manhuaçu possui apenas o segundo maior IDH no âmbito microrregional. Esses valores indicam uma grande desigualdade social no município e, embora o PIB tenha tido um aumento considerável nos últimos anos, o IDH sugere uma visualização mais ampla dos problemas sociais.

A metodologia do trabalho sugere uma análise através de gráficos comparativos entre os municípios que compõem a microrregião, sob o aspecto do PIB per capita e do IDH (e suas partes constituintes, como longevidade, renda e educação), visando um confronto entre os valores. O objetivo deste estudo foi apresentar o paradoxo IDH e PIB per capita na Microrregião de Manhuaçu (MG) sob o âmbito do desenvolvimento econômico e humano, tendo como base o ano 2010, último período com dados completos do IBGE e do PNUD.

Ainda de acordo com estudo, em geral, os dados sobre o PIB têm uma proeminência em relação aos demais indicadores. Entretanto, apesar da popularidade atribuída ao PIB como indicador da riqueza de um país, e de seu uso para comparações internacionais (inclusive tomada de medidas de política econômica no mundo inteiro), já há algum tempo o PIB vem sendo objeto de críticas por parte importante de acadêmicos, políticos e formadores de opinião de uma maneira geral.

É necessário que o crescimento econômico de um país ou região venha acompanhado de uma melhora nas condições de vida dos habitantes, especialmente os mais pobres. Uma das formas de verificar se o crescimento veio acompanhado de diminuição da desigualdade social é através do conceito Produto Interno Bruto per capita.

Nesse sentido, o PIB per capita compara o crescimento da riqueza produzida em determinado território, e verifica-se se esta riqueza acompanhou o crescimento populacional nesse local.

Ainda sobre as limitações do PIB como instrumento para medir os resultados econômicos e o progresso social, vale ressaltar que nem sempre as riquezas geradas e mensuradas por este indicador retratam a qualidade de vida da população.

Passou-se então, a utilizar o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH que tem como base o desenvolvimento de um grupo de pessoas que vivem em um território específico. Assim, parte do pressuposto de que, para aferir o avanço de uma população, não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características como: sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

O IDH é obtido pelo resultado da síntese dos seguintes indicadores: renda, expectativa de vida, taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de vida, e taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino, ou seja, a relação entre a população que se encontra em idade escolar e o número de pessoas matriculadas no ensino fundamental, médio e superior. O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até um (total de desenvolvimento humano), classificado da seguinte forma: O índice de 0 a 0,499 é considerado muito baixo; 0,5 a 0,599 baixo; 0,6 a 0,699 médio; de 0,7 a 0,799 alto; e de 0,8 a 1,0 muito alto.

Crescimento do PIB e Mineração

Conforme o estudo dos três pesquisadores publicado na revista científica Semioses, o PIB per capita de Manhuaçu é o maior da microrregião, chegando a ser 30% maior que o do segundo colocado no ranking, Manhumirim.

Entretanto, quando comparado ao Índice de Desenvolvimento Humano – indicativo de qualidade de vida – Manhuaçu vai para o 2º lugar, chegando a ser 4º em IDH de longevidade (bem próximo do 5º e 6º lugares) e 2º em termos de IDH de educação (próximo do 3º e 4º colocados).

Essa comparação reflete a essência do paradoxo PIB x IDH: crescimento econômico acelerado, distribuído heterogeneamente em seu território, mal integrado e com níveis de desenvolvimento distintos, acompanhado de um crescimento populacional e ausência de aparatos de apoio social. Isso leva à uma população mal servida em termos de serviços públicos (principalmente, saúde e educação).

O estudo conclui que, levando em consideração essas informações, percebeu-se o paradoxo existente entre o IDH e PIB, principalmente no município de Manhuaçu. Embora ele tenha o maior PIB na microrregião, esse fator não está equalizado ao IDH, o que demonstra sua fragilidade ou incipiência nos índices de desenvolvimento humano referentes à longevidade e educação.

A ascensão do IDH do município de Manhuaçu dependerá (como em qualquer cidade) do aumento expressivo do PIB, quesito fundamental, mas depende também da qualidade de aplicação em serviços fundamentais, como educação básica, saúde e segurança. Assim, o crescimento econômico também poderá vir acompanhado de uma melhora nas condições de vida da população, principalmente os mais pobres, ao invés de ser visto somente sob a ótica quantitativa, mas sobretudo, sob o ponto de vista da qualidade e, principalmente, do desenvolvimento social.

O projeto da Mineração Curimbaba Leste gera renda para os produtores e é focado somente em áreas que possuem pastagem ou plantação de café. Além disso, gerará novas oportunidades de emprego e recursos para Manhuaçu reinvestir em qualidade de vida da população. Atualmente, a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) é a principal contrapartida paga pelo setor minerário à União, estados e municípios. O projeto Curimbaba Leste é para ser parceira do desenvolvimento sustentável.